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SÉRIE ESPECIAL: Impactos do Novo Ensino Médio nos rumos da Educação Brasileira

publicado em 15/06/2023

Novo Ensino Médio: uma série especial sobre os rumos da educação no Brasil e os impactos a partir de 2023

 

  • Episódio 1: Por que a implantação do Novo Ensino Médio gera polêmicas e impacta o Ensino Superior brasileiro?

https://www.radio.unesp.br/noticia/9605

O professor do Departamento de Sociologia e Antropologia da Unesp de Marília, Marcelo Totti, e pesquisador sobre Ensino, Cultura e Ideologia na Educação Básica com foco em pensamento social e educacional no Brasil, explica o que levou muitas entidades, professores e estudantes a pedirem a revogação da lei. A Unesp, em conjunto com várias universidades, instituições de ensino e pesquisa e associações científicas, apoiam a revogação do novo ensino médio, por causa de fatores como esvaziamento dos conteúdos científicos, aumento das condições de segmentação e desigualdades educacionais e inviabilidade de implementação. Totti também destaca que em paralelo às mudanças e desafios do Novo Ensino Médio, exista amplo debate sobre as políticas públicas inclusive de valorização dos docentes no país. 

********** Confira os outros quatro episódios da série ************

  • Episódio 2: Impactos do NEM nas salas de aula da graduação

https://www.radio.unesp.br/noticia/9595

O Novo Ensino Médio está em vigor há dois anos e traz mudanças na grade curricular, oferta disciplinas optativas em todas as escolas do país, mas também é alvo de críticas por grupos que chegam a defender a sua revogação. Entidades afirmam que a legislação que instituiu o Novo Ensino Médio não foi discutida com todos os setores da educação. Desde o retorno presencial após a pandemia, o programa atravessa diferentes níveis de implementação, variando de estado para estado como explica Marcos Garcia Neira, pró-reitor adjunto de Graduação da USP. Até 2024, o dia letivo deve ter 7 horas, chegando a 1.400 horas/ano.O novo formato também visa formar o aluno em ao menos um curso técnico já nesta etapa educacional, a fim de adiantar a entrada no mercado de trabalho. Com as diretrizes do novo ensino médio também exige adaptação dos docentes na universidade.

  • Episódio 3: Interdisciplinaridade

http://www.radio.unesp.br/noticia/9602

O Novo Ensino Médio é um novo modelo obrigatório a ser seguido no ensino médio por todas as escolas do país, públicas e privadas. Desde 2022, as disciplinas tradicionais passaram a ser agrupadas em áreas do conhecimento.Filosofia, geografia, história e sociologia deixam de ser estudadas separadamente e passam a ser integrantes em uma só, intitulada Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. O professor Ivan Toro, pró-reitor de graduação da Unicamp, aponta como fica o exame do vestibular a partir das novas diretrizes. om organização curricular por área do conhecimento e busca da interdisciplinaridade, mas defende a necessidade de ajustes. A lei estipula aumento progressivo da carga horária. Antes, no modelo anterior, eram, no mínimo, 2.400 no ensino médio inteiro. No novo modelo, a carga deve chegar a 3.000 horas ao final dos três anos. As três principais críticas ao novo ensino médio são falta de debate com a sociedade; exclusão de disciplinas; realidade prática dos itinerários formativos que são aulas optativas com objetivo de promover ao jovem uma formação técnica e profissional específica.

  • Episódio 4: Como ficam os exames vestibulares a partir do NEM

https://www.radio.unesp.br/noticia/9603

Segundo dados do IBGE para o ano de 2021, São Paulo tem cerca de 6,5 mil escolas de Ensino Médio em funcionamento, contando com quase 118 mil professores desse segmento de escolarização e com cerca de 1,6 milhão de estudantes matriculados.  Estudiosos em planejamento escolar defendem que a discussão do NEM precisa abordar outros elementos como infraestrutura escolar, dedicação integral do professor a uma única escola, gestão escolar, projeto pedagógico, valorização e formação docente, entre outros aspectos. O pró-reitor de graduação da UFSCAr, Daniel Rodrigo Leiva, analisa com preocupação os impactos do NEM. Sobre o Enem, o MEC anunciou que nenhuma alteração na prova ocorrerá em 2023. Eventuais mudanças devem ocorrer na prova para 2024, quando os três anos do Novo Ensino Médio estiverem implantados nas redes de ensino.O MEC também defende a retomada do diálogo democrático e planeja uma ampla pesquisa com toda a comunidade escolar para qualificar o debate, corrigir distorções e investir em boas práticas em andamento para apoiar as redes de ensino

  • Episódio 5: Desigualdade no acesso ao Ensino Superior

https://www.radio.unesp.br/noticia/9604

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas cobra a revogação imediata do Novo Ensino Médio e a "construção de uma comissão tripartite, que reúna sociedade civil, estudantes e governo para elaborar uma nova lei para regulamentar o ensino médio. De acordo com as entidades estudantis, escolas sem infraestrutura, falta de formação adequada dos professores e diminuição da carga horária de disciplinas tradicionais podem ampliar ainda mais a desigualdade no acesso ao ensino superior entre os alunos da rede pública e os da particular, como explica a presidente da UBES, Jade Beatriz. No novo ensino médio, cada colégio deve escolher, os itinerários formativos elaborados pela sua rede estadual, no mínimo duas opções para oferecer aos alunos (matemática e linguagens, por exemplo). Com isso, em vez de uma turma grande ter a mesma aula às 8h, como era antes, serão dois grupos menores (um que escolheu matemática, outro que preferiu linguagens). Isso exige que a escola tenha duas salas de aula disponíveis no horário.

Imagem: UFRGS

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