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Notícias » Música Portuguesa Hoje

Programa 12: O Hip Hop em Portugal (letras)

publicado em 20/03/2020

 

Acima, a chamada para o programa 12.

 

1) Retratamento – Da Weasel

Autor: Ruben Rodrigues

 

Vou levar-te para casa, tomar conta de ti

Dar-te um bom banho, vestir-te um pijama e

Fazer-te uma papinha, meter-te na caminha

Ler-te uma historinha e deixar-te bem calminha

Ouve bem, preciso de alguém do meu lado

Que me dê um bom dia com um sorriso bem rasgado

Amor pela manhã, pela tarde e pelo fim do dia

Mais um pouco quando sonho era o que eu queria

Não é preciso muito, é muito simples na verdade

Só quero amor bom, carinho, solidariedade

Faz-me rir e eu prometo que não te faço chorar

Trata bem de mim e eu bem de ti vou tratar

 

Olá nina, quero tratar de ti

Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui

Chega só um pouco perto de mim

Acredita que eu nunca me senti assim

 

Trata-me bem, eu juro que suo sangue por ti

Faz a coisa certa como o Spike Lee

Podes usar e abusar do teu brinquedo favorito

Mas tem cuidado, por favor, não o deixes partido

Dou-te tudo o que puder, tudo o que tiver

O que não tiver tiro aos deuses para a minha mulher!

Roubamos um foguete, vamos dar uma volta até à lua

Escrevo um livro no caminho com a alma toda nua

Procriamos como coelhos e quando nos derem pelos joelhos

Procriamos mais um pouco porque eu adoro fedelhos

Escrevo o teu nome no meu corpo para toda a gente ver

Bem piroso e lamechas, como o amor deve ser verdadeiro

 

Olá nina, quero tratar de ti

Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui

Chega só um pouco perto de mim

Acredita que eu nunca me senti assim

 

Olá nina, quero tratar de ti

Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui

Chega só um pouco perto de mim

Acredita que eu nunca me senti assim

 

Gostas de filmes? Podíamos fazer um bem privado

Eu escrevo, realizo e atuo do teu lado

Podes ser a minha estrela, vou-te dar um bom papel

Pouca palavra, muita ação, acredita que é mel

Nasceste para isto, tá tudo previsto

Por isso insisto e não resisto

 

A dar-te mais um pouco disto

Amor puro, fresco como a brisa do mar

Tenho montes dele guardado, e tá quase a estragar

Envelheço ao teu lado, eu bem gordo tu bem magra

Acabamos com o stock nacional de Viagra

Faz-me rir e eu prometo que não te faço chorar

Trata bem de mim e eu bem de ti vou tratar

 

Olá nina, chega aqui ao pé de mim

Deixa-me dar-te o que tu mereces

Tu és a resposta para as minhas preces

Senta-te aqui vou-te cantar um som

Doce como tu, como um bombom

Olá, nina quero tratar de ti

Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui

Chega só um pouco perto de mim

Acredita que eu nunca me senti assim

 

Olá nina, quero tratar de ti

Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui

Chega só um pouco perto de mim

Acredita que eu nunca me senti assim

 

 

2) Black Magic Woman – General D

Autor: General D (Sérgio Matsinhe)

 

 

3) Princesa – Boss AC

Autor: AC Firmino

 

Posso falar contigo?

Tu és tudo aquilo que um homem pode querer,

Dás-me prazer, 'tas a meu lado pra me defender

Adoro o teu sorriso, quando me olhas com ternura, acredita, eu paraliso

És bonita, simpática, tão atraente

Derretes-me todo com o teu olhar inocente

Palavras doces na tua boca, parecem brisas

Tu não andas, tu deslizas

Enfeitiçaste-me no dia em que te conheci

Fico fulo da vida quando eles olham pra ti

Ao mesmo tempo sinto-me tão bem por saber que por te ter mais ninguém tem

 

Princesa

Beija-me outra vez

Diz que me amas baby

Diz mais uma vez

Princesa

Beija-me outra vez yah

Princesa

 

Adoro fazer-te adormecer no meu peito

Quando te tenho a meu lado pra mim o mundo é perfeito

Adoro os fins de semana passados na cama,

Apaixonados na cama, abraçados na cama

Fazer amor contigo é ir ao céu e voltarei morrer e ressuscitar

Adoro os nossos momentos picantes

Engraçado como horas podem parecer instantes

A tua pele é mel, o teu toque é magia

Adoro falar contigo, a tua doce companhia

Antes que seja tarde demais, quero dizer que faço tudo para não te perder

 

Princesa

Beija-me outra vez

Diz que me amas baby

Diz mais uma vez

Princesa

Beija-me outra vez yah

Princesa

 

Não digas nada, beija-me outra vez com esses teus lábios de fada

Há palavras que ainda estão por inventar

Por mais que tente nunca hei-de conseguir explicar

Não sei se é calor, não sei se é frio, só sei que sem ti sinto-me vazio

Adoro quando nos sentamos no sofá com um edredon,

As luzes apagadas, Sade é o som

Tocamo-nos no escuro, o silêncio diz tudo

O amor é cego e por vezes também é mudo

És tu quem eu quero, eu sou sincero não digas nada, beija-me outra vez

 

Princesa

Beija-me outra vez

Diz que me amas baby

Diz mais uma vez

Princesa

Beija-me outra vez yah

Princesa

 

Só quero que saibas queque é sincero

Acho que nunca é demais dizer

Não quero que tenhas dúvidas

Que é amoryah?

Beija-me outra vez

 

 

4) Nada dura para sempre – Dealema

Autor: Dealema

 

Nada dura para sempre

Nem os frutos, nem as sementes

Nada dura eternamente

Somos como estrelas cadentes

Por isso diz o que sentes

E vive sem medo

Ama os teus parentes

 

Nunca percas tempo

Aproveita toda a inocência da infância

Vive a irreverência da adolescência

Usufrui da maturidade da idade adulta

Partilha a sapiência que da velhice resulta

Luta pela tua felicidade

Cria agora a tua realidade

 

Neste organismo em constante mutação

Mecanismo pelo tanque de transformação

Onde a única certeza na incerteza da vida

É que tudo que inicia também finda

 

Nada dura para sempre (Para sempre)

Nada dura para sempre (Nada dura)

Nada dura para sempre (Para sempre)

Nada dura para sempre (Não, não)

 

Nunca mais é para sempre

Tudo que começa acaba

Com o sol poente

Aqui nada é permanente

O tempo corre o relógio bate

Chove na minha face

Sinto o fim aproximar-se

O vento sopra, sussurra nos meus ouvidos

 

Aqui agora estás vivo

Desperta os sentidos

Tudo é passageiro

O material é uma ilusão

Tentei agarrar coisas que me escaparam das mãos (farei)

 

Vivi o dia como se fosse o último

Senti a chuva como se fosse a última

Beijei a mulher como se fosse a única

Enquanto canto corrosão da desencanto

Apatia que me consome por dentro

Melancolia do novo dia que nasce

Relembro-me do amor impossível

Num flash em frente aos meus olhos, o sonho desfaz-se

E desvanece como o sol poente

Restam quatro palavras

 

Nunca mais e para sempre

Nada dura para sempre

Ninguém vive eternamente

Nada dura para sempre

Ninguém vive eternamente

Nada dura para sempre

 

E todo o corpo decai

E só o amor se perpetua

Através de quem não retrai

Foste filho serás pai

E um dia talvez tenhas netos

Mas essa família unida

Nem sempre estará por perto

 

Daqui não levamos nada

Deixamos tudo, da casmurrice à velhice

As traquinices de miúdo

Impagável cada segundo de existência

Neste mundo que estes versos

Sejam o expoente do termo profundo

Tu aproveita o dia

Aproveita a vida e respira

Aproveita a bem comida

Há muito quem a desperdiça

Procura igualdade e no vale semeia justiça

O mal de quem cobiça é o ritual

De quem muito preguiça

Não queiras ser cigarra nesta colônia de formigas

E no inverno chorar pelas cantos

Tristezas não pagam dívidas

Falo com Deus pessoalmente sem intermediário

Ansioso pelo próximo equinócio planetário!

 

Nada dura para sempre (Para sempre)

Nada dura para sempre (Nada dura)

Nada dura para sempre (Para sempre)

Nada dura para sempre (Não, não)

Admirável mundo novo

 

Não acredito as trevas não me levam

Porque amo o meu filho

Coros de suicídio dão-me um sorriso ao ouvido

Mundo depressivo, vivo como um anjo caído

A certeza inquestionável de sentir poder na arte

Respirar no universo à parte

Tudo pela arte

A visão é escrita, é o escapar é

A vida é um combate

Brinco as escondidas

Com o impressionante

Não quero ver a minha mãe a partir

Não quero sentir a dor incomparável quando a hora surgir

Sentimento não é monocromático

O vermelho é intenso entre o preto e o branco

Retrato o terror da paisagem num poema

O meu amor nasceu num concerto de Dealema

A tempestade é intensa, mas a chama ainda acende

Para sempre é muito tempo eu quero amar-te no presente

 

Nada dura para sempre

Ninguém vive eternamente

Nada dura para sempre

Ninguém vive eternamente

Nada dura para sempre (Para sempre)

Nada dura para sempre (Nada dura)

Nada dura para sempre (Para sempre)

Nada dura para sempre (Não, não)

 

 

5) Cala-te – Dama Bete

Autora: Dama Bete

 

Porque tu falas demais

E já me cansas yeah

É muito blá blá blá para os meus ouvidos

Por isso cala-te e calate e cala-te

Yeah ok yah chhh yeah

 

Eu sou confusa e muita gente me acusa

Mas escusa de falar de mim abuso

mas abusa pois sei que o abuso é uma recusa

Pois custa admitir que a Bete abusa

sei que tenho rimas

matematicamente inteligentemente

ahahahahah não achas surpreendente hãn?

Tou-te a atrofiar hãn?

Chhh Para quê tanta garganta?

O people fala fala e não se cala

só sabe criticar inventar e Criticar

já me cansa tanta gente abanar a pança

se o people não curte, então porque Dança hãn?

Isto é muito atrofiado para perceber

mas aqui fica um recado oooouhh

e para a Gente que falou ahahah tomem lá o meu flow.

 

Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca

inveja e tanto blá blá blá blá blá blá

Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca

inveja e tanto bláblábláblábláblá

 

Questão: Porque há tanto MC parecido?

sem criatividade mais parecem um zumbido bzzz

Já me cansa o ouvido se encontrar um mata-moscas

garanto estarão perdidos Pois o que fazem

melhor hip hop tuga e é assim só sabem falar nas costas

fala a Frente mc fazes melhor

tou a cagar para o que dizes é só falar falar

tou à espera que Concretizes tens isto

e aquilo conheces este e o outro

aquele outro e o outro yoh gravas num melhor estúdio

tens melhores beats parabéns sê feliz

mas chavalo não te estiques pois

dama bete isto dama bete aquilo

dama bete hii a pita não tem estilo

Depois criticas e criticas e no final o quê?

Dama bete participas no meu EP ?

 

Cala a boca tens mentalidade pouca dicas

de cabeça oca inveja e tanto bláblábláblábláblá

Cala a boca tens mentalidade pouca dicas

de cabeça oca inveja e tanto bláblábláblábláblá

 

E falas na ausência tem paciência nas costas

uma coisa na cara é aparência mas tudo o

Que tu tens é dor de cotovelo só sabes criticar

mas eu sou o teu modelo cala-te

Cansa-me o que dizes cala-te são só coscuvilhices

cala-te não sabes o que dizes cala-te e

Cala-te porque quando eu digo p'ra calar tu

calas-te cansa-me o que tu dizes por isso

Cala-te só dizes porcaria por isso cala-te cala-te e cala-te

 

Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca

inveja e tanto bláblábláblábláblá

Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca

inveja e tanto bláblábláblábláblá

Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca

inveja e tanto bláblábláblábláblá

Cala a boca tens mentalidade pouca dicas de cabeça oca

inveja e tanto bláblábláblábláblá

 

 

 

6) Sereia Louca – Capicua

Autora: Capicua; DJ Ride

 

Ela queria usar sapatos, dançar de salto alto

Beijar a boca de um homem, embrenhar-se no mato

Queria perder as escamas e rasgar as barbatanas

Até que pernas humanas lhe saíssem da carne

Poder conhecer o doce, o amargo e o ácido

Ali tudo era salgado, azulado e aquático!

Partir o aquário, deixar de vez o Atlântico,

E rogava por ajuda aos marinheiros com seu cântico!

Mas seu canto era grito, que não suportavam

E só Ulisses vivera depois de ter a escutado

O seu canto era um feitiço carpido como o fado

Que levava navios perdidos pró outro lado!

 

Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido

Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido

Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido

Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido

 

Sua voz era livre, como ela não era,

Como sempre quisera que o seu corpo fosse

E por cantar o sonho e a sua quimera

Era para as almas como um cúmplice!

Forte como um coice, como uma foice,

Trespassava gelada o silêncio fundo da noite

Enquanto a sua melodia como a maresia

Envolvia em maravilha a lonjura da sua corte,

Chega a maré vazia pra lavar em água fria

A sua melancolia e o seu medo da morte!

"não é que a lágrima é da mesma água salgada?"

Gritava entre o mar e a estrela da madrugada

 

Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza

Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza

Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza

Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza

 

Serei a louca que vai tentar deixar o mar,

Com a coragem de quem sai do seu habitat

Serei a louca que vai gritar, chorar, bramir

Esbracejar, tentar até conseguir!

Serei a louca que vai sentir a falta do mar,

Sentir a falta de ar que há neste lugar

Sempre que digam que a louca é melhor muda que rouca,

Eu fico nua que a roupa aperta o respirar

E grito ainda mais alto, neste palco suspenso

Que pior do que o meu canto há de ser o meu silêncio!

 

Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido

Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido

Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido

Tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido

Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza

Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza

Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza

Tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza

 

"não é que a lágrima é da mesma água salgada?"

Gritava entre o mar e a estrela da madrugada!

E eu grito ainda mais alto, neste palco suspenso

Que pior do que o meu canto há de ser o meu silêncio!

 

 

 

7) Dizer que não – Dengaz (com Matay)

Autores: Bernardo Ribeiro Da Costa / Luis Filipe / Dengaz

 

Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.

Eu queria dizer que não. Mas não consigo.

Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.

Eu queria dizer que não. Mas não consigo.

Eu queria dizer que não…

 

Yah. Eu sorria porque era para sempre

Hoje eu tou com uma cara diferente

A ver no que nos tamos a tornar

Mas se me quiseres mudar ou trocar

Eu vou-te encarar de frente

 

Deste-me uma chance, e eu não hesitei

Com o numero do teu mundo e eu fixei.

Mas na verdade tambem sei

Que sou do tempo que só dou valor áquilo que tenho quando fico sem

 

E se isto aqui for por vaidade,

Então desculpa mas não vai dar

É que para mim não faz sentido

Continuar contigo se o que temos não for verdade

 

Ela tem a dedicatória e tu a dedicação

E o que valia um obrigado, agora é obrigação

Mas sei que nada, mas nada aqui foi em vão

Mas hoje…

 

Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.

Eu queria dizer que não. Mas não consigo.

Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.

Eu queria dizer que não. Mas não consigo.

Eu queria dizer que não…

 

Eu não nasci pra ficar sem ti

Mas só para nós é que isso faz sentido

E não são os bens que tu me dás nem o medo que tu me dás

É aquilo que tu me fazes sentir

E eu nem sei se te ouvi, mas

Quando tu não tás, eu não sei se estou vivo, e

Amor igual ao teu eu sei que eu nunca tive

E o teu lugar em mim eu sei que esse é cativo e

 

Venha o que vier a nossa historia não acaba aqui

Desde do principio que o que eu senti foi o que eu segui

Contra tudo e todos, mas agora não tou a conseguir

Vê-la deitada na minha cama e eu a pensar em ti

 

Essa realidade é maior do que ficção

As palavras que eu te digo ao ouvido já vi que são

De verdade e para marcar para sempre a nossa ligação

Mas hoje…

 

Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.

Eu queria dizer que não. Mas não consigo.

Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.

Eu queria dizer que não. Mas não consigo.

Eu queria dizer que não…

 

Não tenho cara nem tenho lata, não tenho nada

E o tempo pára quando te encaro

Só para dizer pára

E eu cobarde, páro e comparo

Com amor, sem fogo não arde,

É só tara. Agora é tarde para dizer que não

 

Então se eu bazasse sem te avisar, nem dizer nada

Sem saberes que eu já estou farto, nem escrever a ultima carta

E eu sei que és tu quem me pagas, mas hoje és tu quem me apagas

E se agora só me estragas, então só andas comigo

Não!!!

 

Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.

Eu queria dizer que não. Mas não consigo.

Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.

Eu queria dizer que não. Mas não consigo.

Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.

Eu queria dizer que não. Mas não consigo.

Eu queria dizer que não. Mas estou contigo.

Eu queria dizer que não. Mas não consigo.

Eu queria dizer que não

 

 

 

8) Cafeína – DJ Dadda & Plutónio

Autores: DJ Dadda & Plutónio

 

Com tanto pataqueiro a conspirar a minha volta

Às vezes custa ficar longe da fofoca

Tem cobras e lagartos camuflados como tropas

Histórias verídicas que passam por anedotas

Se o burro for cavalo vai depender da tua moca

Abre o teu olho já dizia a minha cota

Aqui ninguém se excita por um baralho de notas

Sem mini-saia tu nem sequer me provocas

Hoje em dia e tão fácil tu pareceres um garanhão

Que até um homem feio já tá a partir coração

Sozinha diz que sim

Acompanhada diz que não

Depois do camarim até já dança no varão

 

Essa tua dama nova pra mim não é novidade

Tem quantidade que não vale a qualidade

Não confundas burrice com a minha humildade

Chegaste agora e já queres ter afinidade

Mas comigo não dá não dá não dá não dá

Mas comigo não dá não dá não dá não dá

 

Tou com sono ela tem cafeína

Ye lê lê, ye lê lê

Como o prato enquanto ela cozinha

Ye lê lê, ye lê lê

Quer provar da minha melanina

Porque o nigga não tem disciplina

Na cama dela é só palestina

E ela gosta por baixo e por cima

Tou com sono ela tem cafeína

 

Eu nunca chego a horas mas eu vivo adiantado

Ignoro a tua chamada só pra ficares ocupado

Se querias ser poeta mais valia tares calado

O peixe morre pela boca já diz o velho ditado

Tas sempre a dar vacilo e vais dizer que é mau olhado

Ninguém te pôs os cornos tu já nasceste veado

E ela diz que o anel é falso como o namorado

De santa não tem nada ajoelhou pelo pecado

E eu sei que tu sonhaste com uma fonte mas eu dei te um chafariz

Nem precisei de visto para entrar no teu país

Mostrei te a torre Eiffel sem sequer tar em Paris

Depois do show eu sei que ela vai pedir bis

 

Essa tua dama nova pra mim não é novidade

Tem quantidade que não vale a qualidade

Não confundas burrice com a minha humildade

Chegaste agora e já queres ter afinidade

Mas comigo não dá não dá não dá não dá

Mas comigo não dá não dá não dá não dá

 

Tem muito papagaio a repetir o que não sabe

Tem muito sábio que não sabe nem metade

Mentiras bem contadas que até passam por verdades

E uns inimigos a querer fazer amizade

Mas comigo não dá não dá não dá não dá

Mas comigo não dá não dá não dá não dá

 

Tou com sono ela tem cafeína

Ye lê lê, ye lê lê

Como o prato enquanto ela cozinha

Ye lê lê, ye lê lê

Quer provar da minha melanina

Porque o nigga não tem disciplina

Na cama dela é só palestina

E ela gosta por baixo e por cima

 

Tou com sono ela tem cafeína

Ye lê lê, ye lê lê

Como o prato enquanto ela cozinha

Ye lê lê, ye lê lê

Quer provar da minha melanina

Porque o nigga não tem disciplina

Na cama dela é só palestina

E ela gosta por baixo e por cima

Tou com sono ela tem cafeína

 

 

 

9) Anti Herói – Valete

Autor: Valete

 

“Los que le cierran el camino a la revolución pacífica,

Le abren al mismo tiempo el camino a la revolución violenta

Só se pode fazer isto uma vez”

 

Eu cresci trancado num quarto com livros de Marx e Pepetela

Alimentado com parágrafos de Nélson Mandela

Foi esta a fonte do ódio que agora já não escondo

Este é o som que eu inalei na voz de Zeca Afonso

 

Ninguém me separa deste Guevara que eu tenho em mim

E podes ver na minha cara a raiva de Lenine

Eu choro este sangue que devora o meu espírito

E choca os mais sensíveis, e torna-me num monstro como Estaline

 

Valete aka Ciclone Underground, nigga

O filho bastardo da vossa opressão, nigga

Eu tenho nos meus olhos a cor da insurreição, nigga

Eu sou Malcom-x com um microfone na mão

 

Eu desenterro vítimas de genocídio capitalista

E levo mais comigo para a rebelião

Eu sou o primeiro a marchar para esta revolução

Tu és o primeiro a bazar na hora da intervenção

 

Eu vim para ressuscitar Lumumba, Ghandi e Arafat

E os nossos homens de combate através desta canção

Pai, eu tatuei no meu peito a tua imagem

Para respirar através dela a tua batalha e a tua coragem

 

Hoje eu trago nos meus braços a tua alma e a tua mensagem

Esses escumalhas não sabem que jamais irão levar vantagem

Nós vestimos a farda de Xanana

E levamos drama do terceiro mundo à casa branca

 

Desfilamos com a mesma gana de tropas em Havana

E com a resistência sobre-humana dessa convicção cubana

Toma esta ira psicopata deste filho de Zapata

Activismo de vanguarda é o registo de som

 

Eu trago a obstinação com que Luther King abalou

E a mesma solução que todo o meu people sonhou

Eu sou aquele mundo novo que Bob Marley cantou

Esboço desse sofrimento todo que o meu povo guardou

 

(Refrão)

Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim

E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim

Este é o som da revolução que em breve chegará

Eu sou o anti-herói, que nunca se renderá

Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou

No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou

Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará

Eu sou o anti-herói que o povo aclamará

 

Enquanto eu me enveneno com este rancor

Vou pondo balas no carregador para abater esses opressores

Esta é a missão dos peronistas que eu assumi na hora

Com a determinação que herdei da minha progenitora

 

Ninguém pára a frente armada que eu comando agora

Combato a escória na alvorada como fez Samora

Eu trago nesta oratória a história dos filhos que viram a morte inglória dos pais

E que hoje anseiam desforra

 

Na Palestina, no Cambodja, Vietname, Angola

No Iraque, Na Somália, Afeganistão e Bósnia

Esse é o grito desse mundo que chora e implora

Pela justiça dos homens porque já viram que Deus não acorda

 

Vítimas de quem fez todo o mundo seu património

Da hipocrisia assassina do Fmi e da Onu

É o povo anónimo, cobaia do liberalismo económico

Que sai das amarras eufórico para combater o demónio

 

Eu sou aquele que vocês chamaram de fundamentalista

Quando eu disse que eu era um trotskista belicista

Posicionei-me assim contra a América imperialista

Aqui está o vosso kamikaze terrorista

 

Farto de vos ver sentados, manipulados

Por uma televisão que vos deixa impávidos e formatados

Asnáticos e conformados, fechados e enganados

Otários e atrasados, inválidos e atordoados

 

Nós estamos do lado contrário nesta jornada cheia de gente angustiada

Traumatizada por um passado onde foram pisadas, martirizadas

Apedrejadas, excluídas, extorquidas, extropriadas, cuspidas

Por uma brigada desalmada de parasitas

Que devastaram, arrasaram vidas

E agora vão pagar com a descarga desta entifada

Criada pelos homens que vocês flagelaram

E sobraram com garra para vingar aqueles que não ficaram

 

(Refrão)

Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim

E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim

Este é o som da revolução que em breve chegará

Eu sou o anti-herói, que nunca se renderá

Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou

No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou

Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará

Eu sou o anti-herói que o povo aclamará

 

 

10) RAP – Chullage

Autor: Chullage

 

Retrato à periferia

Racismo angústia pobreza

Ruas armazenam perigos

Refugiam almas presas

 

Roubos assaltos pacotes

Redistribuem algum pão

Reanimam aquele povo

Remetido à privação

 

Rendimentos aqui poucos

Restam actos proibidos

Regras atropelam-se pisam-se

Rusgas actos punidos

 

República acumula poder

Reproduz a privatização

Retém altos privilégios

Recorre à precarização

 

Reforçam agentes policiais

Recuam avanços produzidos

Regresso ao passado

Regime autoritário PIDE

 

Reclama a propriedade

Rico acumula priva

Resposta acção protesto

Renega atitude passiva

 

Retira ao proprietário

Rompe, adquire pilha

Repõe ao proletário

Reivindica a partilha

 

Reprova aqueles partidos

Retórica apenas promessas

Reage autónomo pensa

Revolução antifa processa

 

Raízes afro populares

Raggae acústica percussão

Rimas aos pares

Reason Akai programação

 

Reformula as palavras

Requer avisos parentais

Reinstala as polémicas

Repudia avisos penais

 

Rappers antes politizavam

Rappers agora publicitam

Rappers antes protestavam

Rappers agora parasitam

 

Relógios anéis palácios

Roupas automóveis pretas

Rabos ancas pernas

Revistas adolescentes petas

 

Reviews atribuem prémios

Rádios auto-promoção

Recebem-se as palmas

Recibos agentes produção

 

Respeito adquire-se primeiro

Rejeita álbums precoces

Recrimino a postura

Rappers ambicionam posses

 

Reconhecimento aos pioneiros

Retribuo amor props

Ridicularizo as playlists

Ruptura anti pop

 

HIP HOP!

 

Riscos agulhas pratos

Ritmo à poesia

Reis aerosol paredes

Rodas Adidas picardia

 

Rapper atrai peregrinos

Refugia antigos profetas

Ruído anuncia punchlines

Reconhece altos poetas

 

Reals aniquilam phonies

Ritual arte pregadores

Rappapas álcool picas

Reservado a pensadores

 

Realidade atira-nos pedras

Raiva agonia patentes

Retemos atenção pública

Rebentando altifalantes potentes

 

Rebeldes agitam Portugal

Redigem amargos poemas

Revolta agora pessoal

Resistem agudos problemas

 

Recessão América petróleo

Repressão armamento pesado

Rabis ayatolas papas

Religião avoluma pecados

 

Recusam alimentar pessoas

Repetem argumentos perversos

Responsáveis arruínam povos

Reaccionários acham progresso

 

Reduzem-se animais plantas

Respira-se ar poluído

Resistentes arquitectam planos

Recuperam alento perdido

 

Rap assegura permanência

Rappers assumem posição

Restituir afecto e paz

Reeducar a população

 

 

11) Paga pra ver – Dillaz & Spliff

Autor: Dillaz

 

Falas duma maneira

Como se a minha vida desse pica ou não passa-se duma brincadeira

De segunda à segunda feira...

Tou trancado no estúdio onde os beats fazem bicha para a bilheteira

Só p'ra te fazer suar dessa bigodeira

Se perguntas se eu trabalho, eu te digo não..

Ligo àquilo que gosto, amo aquilo que faço

Logo aquilo que faço, logo aquilo que traço não é profissão

Mother fucker's têm dito

Têm dito

 

Não consigo

Tenho um tique

Que eu sou freak...

Vens armado em chique olha o que isto deu!

Já te tinham avisado, rap é compromisso!

Não ouviste o sabotage? Ora digo-te eu

 

Com a tua boca falas e não te calas?

Só levas palmadas p'ra abrir a pestana

Bófias lá zona só querem fumá-las

ah pala desta dica ainda vou de cana

E vês o caso mal parado, deixa-me falar

o dillaz é marado, e sabes porquê?

Quando eu era pequenino, sempre à beira do meu primo

À pala da cavalada hepatite c

Sempre fui um puto que chora e ninguém o vê

atitudes fazem que venhas a ser um def

 

Como a garina que eu caguei em 2003

que em 2014, ganda beff!

Não me venhas com boatos, com pedras no sapato

que eu não quero ser pisado

Não! Não!

Não me venhas com contratos

papéis assinados com exclusividades

Não! Não!

Não venhas pegar o mike pra abanar a bilha

 

Pega no teu maço, puxa uma cavilha

E espero que esperes também

Se queres que eu viva bem

Um bm p'ra minha mãe era maravilha!

Tu pensas que é só verdadeiros mas só lidas com gente falsa

Acabas espigado apanhado com jarda, cannabis no pátio?

Sô guarda é só salsa!

Elevas o limite numa discussão, e primes o gatilho com convicção.

Vê e avisas o teu peeps e guarda o teu pit

que ameaças pro meu fixo, isso é ficção!

 

Que eu ouvi dizer,

Que não me safava, não acreditavas,

Paga pra ver então….

Corro pela estrada

Porque aqui sem nada, não dá pra viver, então

E faço por gosto!

Mil vezes na estrada que acabar na esquadra

e p'ra não dizer nada, porrada no posto

Nunca dei pra escola, não vou pedir esmola

sem rap a minha vida era um desgosto

 

P'ra bocas que falam que a cena tá preta

e que virei vedeta pra passar na fila

Tão importante, que eu tava com o papá

todos perguntavam quem tava com o dillaz

Tenho notado que andas a pedi-las

falta de amigos e cara de enjoado

Partilha o meu som, mete like no som, mas porque é que tu

Cala-te oh meu atrasado!

 

Faço som porque sinto, não faço questão

que venhas dar a mão para ser partilhado

Sem ironia há de haver quem se ria

no dia que o chapz for enterrado

Na terra onde as editoras são bichos do mato

Não mudo o meu esquema, levanto as antenas

porque com as hienas é preciso cuidado

Abre a pestana e não fiques parado

ah tempos que a cota me andava a dizê-lo

 

Já o meu avô queria cantar o fado

acredito que tou a viver o sonho dele

Eu só quero é que isto não vire um pesadelo

E tenho a noção que o verso que escrevo não escrevo só por escrevê-lo

E sei que o que digo, no tempo antigo salazar não me deixava dizê-lo

E há que entendê-lo, e não é ser chato

Mas eu prefiro uma vida de cão

do que uma alma do tamanho d'um rato

 

 

12) Parte-me o pescoço – Agir

Autor: Agir

 

Yeah, yeah yeah yeah yeah yah

Oh linda, oh linda

Got it, got it, got it

 

Ela é linda, ela é special

Ela passa pelas outras tipo battle

Quando ela passa

Ela sabe o que faz

Fica impossível não olhar p'ra trás

Ela parte-me o pescoço

Ela parte-me o pescoço

Ela sabe que é capaz

Ela parte-me o pescoço

Ela parte-me o pescoço

Impossível não olhar p'ra trás

Ela parte-me o

 

Quando ela entra no club

Ela é so good

I just can't get enough

Ela passa, eu olho

Ela parte-me o pescoço

Que ela tem aquele corpo que eu digo

What the fuck so what, so what, so what

Eu não tenho a culpa

Que ela tenha aquele butt

 

So what, so what, so what

Mas ela vai-te dar o corte

Tipo toque mesmo assim, eu vou tentar

Conhecê-la, eu vou tentar

Olho só p'ra ela, eu vou tentar, hmm

Pode ser que eu consiga, siga, siga

Se é p'ra tentar então siga, ainda por cima

 

Ela é linda, ela é special

Ela passa pelas outras tipo battle

Quando ela passa

Ela sabe o que faz

Fica impossível não olhar p'ra trás

Ela parte-me o pescoço

Ela parte-me o pescoço

Ela sabe que é capaz

Ela parte-me o pescoço

Ela parte-me o pescoço

Impossível não olhar p'ra trás

Ela parte-me o

 

Eu não consigo, não querer

Olhar p'ra trás para ver

Como ela anda, ai eu sou fã

Da maneira que ela sabe tremer

Ela sabe o que fazer

Ela sabe convencer

Com aquela dança

Com aquelas ancas

Numa coisa tu podes crer

Eu vou tentar

Conhecê-la, eu vou tentar

Olho só para ela, eu vou tentar, hmm

Pode ser que eu consiga, siga, siga

Se é p'ra tentar então siga

Ainda por cima

 

Ela é linda, ela é special

Ela passa pelas outras tipo battle

Quando ela passa

Ela sabe o que faz

Fica impossível não olhar p'ra trás

Ela parte-me o pescoço

Ela parte-me o pescoço

Ela sabe que é capaz

Ela parte-me o pescoço

Ela parte-me o pescoço

Impossível não olhar pra trás

Ela parte-me o

 

Não olhar, ai não dá, ai não dá, yeah

Não tentar, ai não dá, ai não dá, yeah

E ela sabe que não dá, que não dá

E ela ela parte-me o, parte-me o

E ela ela parte-me o, parte-me o pescoço

Não olhar, ai não dá, ai não dá, yeah

Não tentar, ai não dá, ai não dá, yeah yeah

E ela sabe que não dá, que não dá

E ela ela parte-me o, parte-me o

E ela ela parte-me o, parte-me o

 

Ela é linda, ela é special

Ela passa pelas outras tipo battle

Quando ela passa

Ela sabe o que faz

Fica impossível não olhar p'ra trás

Ela parte-me o pescoço

Ela parte-me o pescoço

Ela sabe que é capaz

Ela parte-me o pescoço

Ela parte-me o pescoço

Impossível não olhar p'ra trás

Ela parte-me o

 

Ya linda

Tu já sabes quem é linda, Haha

A.G.I.R got it, got it

 

Ela parte-me o

(No, no, no, no)

Yeah

Ela parte-me o

(No, no, no, no)

Yeah

Ela parte-me o

(No, no)

Oh no, no, no, no, no

Ela parte-me o

(No, no)

Yeah

Ela parte-me o

Got it

 

 

13) Nunca Pares (com Slow J e Plutónio) – Stereossauro

Autores: Papillon, Plutonio & Slow J

 

2004 não foi normal

4 mais doze deu Carnaval

Éder agarra na bola e acaba com a história do quase já cheira mal

Daqui pra frente sou animal

São Tomé, Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde e Guiné Bissau

Diretamente de Portugal

Filho de todos a quem fiz mal

 

Sou escravo, sou dono

Só cravo o meu sonho no muro do teu quintal

Tribo do Eusébio são panteras bravas

E o bater das asas é colossal

Tudo o que eu quero é voltar a casa

Ver que ela nunca mais vai ser igual

Mundo todo vira um vendaval

Nossa fome é tão universal

Falhamos, lutamos, sangramos

E nunca paramos sem alcança-lo

 

Nunca pares, nunca pares, nunca pares

Vitória, vitória, vitória

Vitória, vitória, vitória

Nunca pares, nunca pares, nunca pares

Vitória, vitória, vitória

 

Só vou parar quando eu morrer

Não vou viver em vão

Só vou parar quando eu morrer

Não tenho outra opção

Só vou parar quando eu morrer

 

Vitória, vitória, vitória

Vontade de vencer é notória

Força nas canetas

Para escrever com letras

Enormes, o nome na história

Vitória, vitória eu repito

É uma tradução, sussurro ou grito

Acredito que mesmo escutado

Foi muito do ex-infinito

E sangue corre, o suor escorre

Somos um só

E isso não morre

Os netos dos egrégios avós

Já 'tão cansados

De comer pó

Hora de rapar o prato

Alargar o legado

Vim dar um recado

Que o mundo é pequeno

Pesdes esta vontade

Agora dá tudo

Até nada teres p'ra dar, vai!

 

Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares

Vitória, vitória, vitória

Vitória, vitória, vitória

Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares

Vitória, vitória, vitória

 

Só vou parar quando eu morrer

Não vou viver em vão

Só vou parar quando eu morrer

Não tenho outra opção

Nasci p'ra ser e ver nascer

À luz na escuridão

Não paro enquanto eu não vencer

Não tenho outra opção

Sei que os loucos vão perceber

Enquanto outros não

Existe o sonho de viver

Não vou viver em vão

Só vou parar quando eu morrer

Não vou viver em vão

 

Vitória, Vitória, Vitória

 

Só vou parar quando eu morrer

Não tenho outra opção

 

Vitória, Vitória, Vitória

 

Só vou parar quando eu morrer

 

Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares

E quando te doer as pernas

Duvidares da meta

Brotha nunca pares

E quando te atirarem pedras

É p'ra ver se quebras

Brotha nunca pares

Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares, Nunca Pares